Eurico Nelson


       EURICO ALFREDO NELSON E IDA NELSON


Eurico Nelson chegou ao Brasil em 19/11/1891. Veio pelo chamado divino, mas não era ordenado e nem era enviado por qualquer Junta de Missões. Por quase um ano e meio lutou sozinho e em janeiro de 1893 chegou em Belém-PA (o campo escolhido por ele) sua noiva, Ida Lundburg – logo em seguida foram casados e começaram a  trabalhar juntos. Em novembro de 1896, Nelson foi até Recife e foi examinado e ordenado ali. Em janeiro de 1897 convidou Salomão Ginsburg a ir até Belém para lhe ajudar a organizar a 1ª Igreja Batista do Pará. Mais tarde Eurico e Ida Nelson tornaram-se missionários da Junta de Richmond. Nelson tocava violino e cantava – sua voz, disse David Bowman Riker, membro da Igreja Batista em Santarém onde Nelson foi seu Pastor e amigo – era uma mistura das Cataratas de Niágara e um apito de navio do Rio Amazonas! Assim tocando e cantando em lugar público, chamava bastante atenção para poder pregar Cristo, o Salvador. Os sábios dizem que a noite, com  milhares de estrelas, tem um milhão de olhos e se assim for, a vasta rede de rios na região Amazônica, tem um milhão de rios e Eurico Nelson conheceu, cantou, tocou e pregou em todas elas! Ele de fato foi “O Apóstolo do Amazonas”. Como todo herói verdadeiro, estava disposto a sacrificar aquilo que não podia conservar para ganhar aquilo que não podia perder!
Pastor Eurico Nelson faleceu em 1939, na cidade de Manaus. Dona Ida Nelson faleceu nos Estados Unidos.

Curiosidades:

Nasceu em 17 de dezembro de 1862, Orebro, Suécia.
Terceiro filho de André e Ana Maria Nelson.
Um homem nascido na terra da neve e gelo que veio trabalhar na fornalha equatorial do Amazonas.
Sem pensar em perigos, lá ia ele, rio acima ou rio abaixo, chicoteado pela chuva ou crestado pelo sol, sincronizando alegremente com a voz da passarada a sua bela voz, no cântico de hinos ao Senhor que o guardava. Seu hino predileto era aquele que assim começa:
“Se eu tiver Jesus ao lado
E por Ele auxiliado
Se por Ele for mandado
A qualquer lugar irei.” (Transcrito do livro O Apóstolo da Amazônia)
Nelson trabalhou em outros Estados, além do Amazonas e do Pará, a eles levando a inspiração de sua vida e o estímulo do seu dinamismo. Esteve no Maranhão, no Piauí, no Ceará, na Paraíba e em Mato Grosso.
         Assim Nelson desceu em Manaus, aparelhou devidamente a “Búfalo” sua lancha e zarpou para o encontro aprazado, quatro anos antes, com o Dr. L. M. Bratcher. Seguiu depois para Guajará-Mirim-RO e ali, em 10 de maio de 1939, às 3 horas, apertou calorosamente as mãos do Dr. Bratcher que voara do sul num aviãozinho de cinco passageiros. Naquele mesmo dia iniciou-se um grande avivamento na Igreja de Guajará-Mirim/RO. A casa de cultos se encheu. Nelson parecia estar em pleno vigor. Respirava alegria e força.
De Guajará-Mirim seguiram para Porto Velho, no rio Madeira. Completado aí o trabalho, os missionários ficaram mais cinco dias, à vista da insistência do povo. Nodomingo de tarde Nelson batizou cinco novos convertidos. Foram os últimos batismos que ele efetuou.
Após 48 anos de trabalho, de 1891 a 1939, Eurico Alfredo Nelson, passou para a eternidade. Foi, mas suas obras ficaram. O enorme campo em que agiu aí está a desafiar a coragem de mais obreiros.
Não é possível avaliar com os nossos pobres recursos humanos a benção que a vida do grande obreiro representou para a causa do evangelho. Só na glória eterna poderemos saber o quanto o “Apóstolo da Amazônia” fez no seu quase meio século de atividades na terra brasileira, pregando infatigavelmente em vários Estados, fundando igrejas, reanimando trabalhos antigos e criando novos, bem como inspirando outros para o auxiliarem na promoção e prossecução da obra.
Ele iniciou o trabalho Batista no Pará, no Amazonas, no Maranhão, no Norte do Piauí e no Ceará. Glória inigualável foi a sua de ser pioneiro em cinco Estados diferentes. Fundou dezenas de igrejas, a primeira de Belém, do Pará, a primeira de Manaus, a de Santarém, a de São Luiz, de Fortaleza, de Guajará-Mirim, de Porto Velho e uma série de outras. Seria interessante traçar a história dessas igrejas com as suas lutas e provações, as suas vitórias e quedas e Nelson procurando sempre auxilia-las, embora não lhe fosse possível visitar todas ao mesmo tempo, espalhadas que estavam num campo tão grande: “Além das coisas exteriores me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas”. A palavra de Paulo em II Coríntios 11:28, Nelson poderia repetir em muitas ocasiões. Ele precisava cuidar das igrejas porque num campo tão vasto eram escassos os obreiros como ainda hoje o são. (Transcrito do livro O Apóstolo da Amazônia